Morreu nesta quinta-feira (24) o ex-pugilista Maguila, uma das lendas do boxe brasileiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Maguila.
Maguila sofria de encefalopatia traumática crônica, também chamada de demência pugilística, causada pelos golpes que sofreu na cabeça nos anos de lutador. A doença havia sido diagnosticada em 2013.
Ele estava internado em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, após ter sido diagnosticado com um nódulo no pulmão, há 30 dias, segundo informou sua mulher, Irani Pinheiro, em entrevista à TV Record.
Adilson Rodrigues dos Santos nasceu em 11 de julho de 1958, em Aracaju (SE). Foi um dos milhares de nordestinos que se deslocaram da região para São Paulo, em busca de oportunidades de trabalho, aos 14 anos.
Passou a se interessar por boxe acompanhando lutas de Muhammad Ali e Éder Jofre. Começou a treinar em 1979. Dois anos depois, participou da Forja de Campeões, tradicional torneio de boxe em São Paulo. Chamou a atenção e passou a ser treinado para valer pelo técnico Ralph Zumbano, tio de Jofre.
Em 1983, Maguila conquistou o título brasileiro pela primeira vez. No ano seguinte, foi campeão sul-americano.
Seu grande momento na carreira foi em julho de 1989, quando enfrentou o norte americano Evander Holyfield, em Nevada (EUA). Foi derrotado por nocaute no segundo round.
Em 1990, enfrentou George Foreman, outra lenda do boxe mundial. Também perdeu por nocaute no segundo round para o norte-americano.
Em 1995, aos 37 anos, foi campeão mundial pela FMB (Federação Mundial de Boxe), entidade de menor expressão na categoria, ao vencer o britânico Johnny Nelson, em Osasco.
Sua última luta foi em 2000, quando perdeu por nocaute para Daniel Frank.
Depois que parou de lutar, participou de programas de TV e chegou a gravar um disco. Também começou a apresentar problemas de saúde, até ter a demência pugilística diagnosticada.
Maguila figura na galeria dos maiores boxeadores da história com um cartel de 85 lutas, com 77 vitórias, 68 delas por nocaute.
