Hugo pega pênalti, Corinthians empata com o Palmeiras e conquista o Paulistão

O Corinthians conquistou o seu 31º título do Campeonato Paulista nesta quinta-feira (27), após empatar em 0 a 0 com o Palmeiras, na Neo Química Arena, na zona leste de São Paulo.

O Timão jogava pelo empate, pois havia vencido o jogo de ida por 1 a 0. Fez uma boa marcação, jogou com o regulamento, e até abusou da cera, mas voltou a erguer o caneco após seis anos de jejum.

E se em toda final existe um herói, o deste título tem nome e sobrenome: Hugo Sousa. O goleiro defendeu um pênalti aos 28min do segundo tempo, segurando a vantagem.

O Palmeiras, que buscava um inédito tetra consecutivo, algo inédito na era moderna do Campeonato Paulista, não fez um jogo de quem parecia estar em uma final. Faltou a chamada “fome” e também coragem para buscar o resultado.

Foi um derby como inúmeros outros. Pegado, com forte marcação e uma boa dose de confusão. Foram poucas as chances de gol para os dois lados.

A melhor do Corinthians veio aos 26min da primeira etapa, com uma bola na trave em finalização de Rodrigo Garro.

O Palmeiras abusava das bolas alçadas para a área, a maioria delas afastada pela zaga corintiana. 

No segundo tempo o jogo continuou nervoso e pegado. Até que surgiu o pênalti para o Verdão. Vitor Roque foi lançado pela esquerda e acabou sendo derrubado por Félix Torres em cima da linha da grande área.

Abel Ferreira e seus auxiliares esbravejaram pedido a expulsão do zagueiro corintiano, que já tinha o cartão amarelo. Mas o árbitro Matheus Candançan aliviou para o equatoriano e acabou expulsando o treinador português pela reclamação.

Raphael Veiga, o batedor oficial de pênaltis, bateu no canto inferior direito, Hugo Sousa saltou e espalmou para fora, levando a Neo Química Arena à loucura. Era um gol para o Corinthians.

E poucos minutos depois, Félix Torres fez questão de compensar a não expulsão no lance do pênalti: cometeu uma falta por trás, próximo à linha de fundo e, desta vez, não teve jeito, foi expulso.

A partir daí não teve mais jogo. O Corinthians, com um a menos, tratou de “furar a bola”. Passou a se defender como era possível.

O jogo incendiou, literalmente, com a torcida acendendo os seus sinalizadores e jogando fogos de artificio para o gramado, interrompendo a partida algumas vezes.

Os jogadores também seguraram a bola o quanto podiam. Até que Memphis Depay, em uma jogada na linha de fundo, perto da bandeirinha de escanteio, subiu em cima da bola e desencadeou uma confusão generalizada. Houve troca de socos, empurra-empurra, e sobrou cartão vermelho para o corintiano Martinez, que já havia sido substituído e estava no banco, e para o goleiro Marcelo Lomba.

Foram 18 minutos de acréscimo até o torcedor corintiano enfim soltar o grito de campeão.