Acabou o tabu. Depois de décadas vendo os rivais fazerem a festa, finalmente chegou a vez do Botafogo. Com uma vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, neste sábado (30), no estádio Monumental de Nuñez, o alvinegro carioca finalmente soltou o grito de campeão da Libertadores.
E foi com drama. O Botafogo teve Gregore expulso no primeiro minuto de jogo, ao entrar de sola em uma dividida com o volante Fausto Vera e acertar a cabeça do argentino.
Com um jogador a mais, o Galo teve a posse de bola, chegando a bater os 80% nos primeiros 10 minutos de jogo. Acuado, o Botafogo tentava fechar os espaços e tinha êxito.
Para tentar furar o bloqueio, o Atlético passou a abusar das jogadas aéreas, que não levavam perigo ao gol de John.
Aos poucos o Botafogo foi se ajustando e conseguiu se distribuir melhor em campo. E, na sua melhor oportunidade, não desperdiçou.
Aos 35min, Luiz Henrique recebeu de Savarino, na grande área, e rolou para Marlon Freitas, que bateu prensado na defesa. A bola sobrou para Luiz Henrique que enfiou o pé, fazendo 1 a 0.
O Galo sentiu o gol e se jogou ao ataque, abrindo espaços para os avanços do alvinegro. Em uma dessas brechas, Luiz Henrique aproveitou vacilo de Guilherme Arana e Everson, conseguiu se antecipar na jogada e sofreu falta do goleiro dentro da área. O juiz não marcou no momento, mas, após checagem do VAR, confirmou a falta. Alex Telles cobrou e fez 2 a 0, aos 35min.
O panorama no estádio mostrava duas torcidas atônitas. Uma por estar vencendo com um jogador a menos. E a outra por estar perdendo… com um a mais.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Gabriel Milito mexeu por atacado no Atlético, colocando Vargas, Bernard e Mariano nos lugares de Scarpa, Fausto Vera e Lyanco, respectivamente.
O time voltou mais forte e logo descontou, aos 2min, com Vargas cabeceando uma cobrança de escanteio precisa de Hulk.
O gol mineiro deu a sensação que o Atlético iria igualar a qualquer momento, já que o Botafogo sentiu e foi permissivo com a pressão.
Porém, o gás do Atlético foi diminuindo com o passar do tempo. O goleiro John tinha pouco a quase nenhum trabalho com o ataque do rival.
Nos minutos finais, o Atlético tentou aumentar a pressão, mas sofreu o golpe fatal. Aos 51min, Júnior Santos recebeu a bola na linha de fundo, pela direita, driblou dois defensores, invadiu a área e rolou para Matheus Martins. Alan Franco se jogou para desviar a bola, mas ela foi parar nos pés de Junior Santos, que mandou para a rede e soltou o grito da torcida: é campeão!